COMPORTAMENTO FELINO

Do site www.comportapet.com.br, por Joice Peruzzi.

“O COMPORTAPET é um site sobre comportamento canino e felino. O objetivo desse site é que você entenda melhor o que seu peludo faz e porque ele se comporta dessa maneira. Se tiver dúvidas e sugestões de artigos, entre em contato conosco!”

 ORIGEM DOS GATOS

               A origem do gato é egípcia e a sua domesticação provavelmente se deu há 9500 anos. No Egito antigo, eram criados para controle de roedores e posteriormente foram associados à religião. A fascinação pelos bichanos era forte nos egípcios, que acreditavam que o gato podia ver a alma. A partir daí, se tornou um animal de estimação.

               Na sua história, os gatos já foram perseguidos por algumas religiões e venerados por outras. Atualmente, o gato é considerado o “animal de estimação do futuro”, já que ultrapassa o número de cães nos lares de vários países.

DOMESTICAÇÃO

               Apesar de conviver com humanos há milhares de anos, os gatos ainda tem capacidade de se tornar auto-suficientes, ou seja, viver sem a influência direta dos humanos.

               Dessa forma, temos quatro categorias de gatos, de acordo com seu estilo de vida:

– Gato de vida selvagem: feroz, independente, totalmente ignorado pelas pessoas. Não são muito vistos, talvez pela distância que procuram manter de seres humanos.

– Gato errante e sem proprietário: não é sociável com as pessoas, só depende do humano pela comida. Geralmente vivem em bandos e são alimentados pela vizinhança, mas não permitem maiores aproximações de humanos.

– Gato domesticado: errante, sem proprietário, mas sociável com humanos e sua alimentação depende de nós. São os gatos abandonados, que passam a viver na rua.

– Gato de estimação domesticado: vive com o proprietário em casa, tendo ou não acesso à rua.

DESENVOLVIMENTO

               Os gatos passam pelos mesmos estágios de desenvolvimento que os cães, porém os períodos são mais curtos e mais difíceis de se definir, já que são variáveis entre os indivíduos.
 
Período neonatal: vai até a segunda semana de vida e é um período marcado por amamentação e sono. O gatinho depende totalmente da mãe.
 

 Período transicional: vai da segunda a quarta semanas de vida. O gatinho começa a se locomover e desenvolve seus sentidos.

               Gatos separados da mãe nas primeiras semanas de vida tem mais medo de outros gatos e de pessoas e demoram mais para aprender. A manipulação precoce por pessoas é benéfica para os gatinhos, garantindo uma melhor relação tanto com pessoas quanto com outros animais e com fatores ambientais.

 Período de socialização: inicia entre a terceira e quarta semanas de vida e se estende até sete a nove semanas. O aprendizado nessa idade se dá basicamente pela visualização de objetos. A mãe começa a ensiná-los a caçar, podendo trazer presas semi-mortas para o filhote aprender.

As brincadeiras são muito importantes nessa época, principalmente com os irmãos de ninhada, pois assim os gatinhos aprendem a medir a força de suas mordidas e arranhões.

 Período juvenil/ Idade adulta: o período juvenil se estende até a idade adulta, que é a idade em que o gato atinge a maturidade sexual. Essa idade é variável entre os indivíduos, entre 6 e 12 meses. A maturidade social, no entanto, só é atingida a partir dos 2 anos de idade.

COMPORTAMENTO SOCIAL

               O gato criado sem intervenção humana é um animal que permanece a maior parte de sua vida sozinho e não forma vínculo social duradouro. Alguns animais podem co-habitar o mesmo território, mas evitam interações, passando a maior parte do tempo sozinhos. Até mesmo os gatos caseiros tendem a dividir a casa em áreas individuais.

 

               Todo o comportamento do gato se baseia no território. A maioria das complicações comportamentais surge quando alguma mudança no território acontece. Às vezes a mudança é muito sutil, como um móvel trocado de lugar, mas basta para que o gato mude seu comportamento.

               Os machos são mais ligados ao território, formam territórios maiores, com limites rígidos e permanentes. Algumas vezes, fêmeas são permitidas em seu território, mas não sempre.

COMUNICAÇÃO 

                Os gatos utilizam a comunicação verbal, postural e por marcação.

Comunicação verbal: inclui diversos sons, como silvos, murmúrios, gritos, ronronar, choro de acasalamento, etc. Existem estudos sobre os padrões verbais de gatos, indicando  o que cada um significa.

               Assim como os cães, os gatos estão constantemente observando a nossa expressão corporal e o que ela indica. Apesar de não entenderem o que dizemos, são capazes de perceber o estado emocional das pessoas ao seu redor. Eles também fazem uso da sua postura como forma de comunicação, porém em menor escala que os animais sociais (como o cão).

Marcação de território: é a forma mais permanente de comunicação, já que marcações olfativas e visuais permanecem no local mesmo após a partida do animal. O gato faz marcação através da “esfregação” das bochechas, pois nessa região existe a produção de feromônios. Também faz marcação por arranhadura e por excrementos (urina e fezes).

               Temos que entender essa comunicação antes de tentarmos mudar um comportamento de arranhar móveis, por exemplo.

                Deve-se tomar o cuidado de não humanizar e nem comparar o comportamento de gatos com outros animais. Gatos e cães pertencem a espécies e, até mais, a famílias diferentes, por isso nunca devem ser comparados e nem tratados da mesma forma.

3 responses to “COMPORTAMENTO FELINO

  1. OI EU GOSTARIA DE SABER PORQUE MEU GATO DE VEZ EM QUANDO FAZ XIXI EM CIMA DO MEU MARIDO E SÓ EM CIMA DO MEU MARIDO NUNCA FEZ EM MIM OU NO MEU FILHO

  2. Pingback: ADOTEI UM GATINHO: O QUE DEVO SABER? | www.blogfelino.com.br

Deixe um comentário