CUIDADOS COM OS GATOS NO VERÃO E NAS FÉRIAS

Por M.V. Raquel Redaelli             

               Mesmo que seja comum vermos nosso gatinho deitado sobre um cobertor ou estendido no sol num dia quente de verão (sentimos calor só de ver!), não significa que gatos não sofram com o calor. Devemos prestar atenção em diversas questões para dar qualidade de vida aos nossos bichanos nos dias quentes e evitar que fiquem doentes.

EM CASA: 

  • Água sempre à vontade, em potes de boca larga (eles gostam mais). A água deve ser trocada todos os dias e o pote lavado, pois acumula limo. Preste atenção que o pote esteja sempre em local com sombra. Uma dica é colocar cubos de gelo na água, ou sozinhos em outro potinho (deixe um pote com água normal também). Muitos gatos gostam de lamber as pedras de gelo, e quando derreter, a água estará bem fresquinha. Outra dica é deixar diversos potes espalhados pela casa.
  • Ambiente ventilado, arejado e sombreado. Porém, tome cuidado com janelas abertas que não contenham tela, pois pode causar acidentes (quedas e fugas). Uma opção é ter um ventilador ou ar condicionado (será bom para todos da casa!).
  • Observe se o seu gatinho está comendo normalmente. Acontece com frequência do gato deixar de comer devido ao calor, sendo este um fator que predispõe ao desenvolvimento de lipidose hepática, doença que acomete o fígado e pode levar a óbito (leia mais em https://blogfelino.wordpress.com/2011/12/01/lipidose-hepatica-felina/).
  • Se você mora em casa com pátio, utilize produtos contra pulgas e carrapatos em todos animais da casa a cada 30 dias, pois no verão as pulgas e carrapatos estão em seu período de maior desenvolvimento e multiplicação, e ambos podem transmitir doenças aos gatos e aos cães, além do desconforto, da coceira e da sujeira.
  • Se observar seu gato respirando de boca aberta em um dia quente, com o pescoço esticado, ele pode estar com calor e se sentido mal (cuidado, pois podem ser outras doenças graves que causam insuficiência respiratória)

SE VOCÊ FOR VIAJAR:

  • Muitos gatos aceitam bem viagens e novos ambientes, desde acostumados desde cedo com isso. Se você puder levá-lo junto na viagem, pode ser a melhor opção, pois ele certamente prefere ficar com você do que em uma hospedagem. Importante: observe se o local não oferece perigos para o gato, como acesso à rua, contato com cães e outros gatos, possibilidades de fuga, etc. Eu, particularmente, adoro levar minha gatinha comigo para onde eu for, especialmente em locais com contato com grama e ar livre, e é uma satisfação vê-la se divertir e mostrar todo seu instinto naquele ambiente. Porém, deve-se ter consciência do que isso implica e pesar se as possíveis conseqüências valem o risco, pois aumenta muito a chance de acidentes (como atropelamento, ataque por cães, briga com gatos, fuga, etc) e de ficar doente (como contaminar-se com FIV e FeLV, doenças transmitidas por pulgas, etc). Importante que ele esteja devidamente vacinado, utilizando antipulgas, e utilizando uma coleira com seu telefone. (na foto, a Zuca na praia, de coleira; o telefone está do lado de fora, pois ela é arisca). Uma dica, além da coleira, é microchipar seu gatinho, pois se ele se perder, pode ajudar a localiza-lo, pois seus contatos ficam gravados no chip.
  • Se não puder levá-lo junto com você, antes de pensar em deixá-lo em uma hospedagem, procure alguém que possa ir na sua casa todos os dias ou a cada 2 dias trocar a água, a comida, limpar a caixa de areia e dar carinho e atenção. Estando em casa, metade dos problemas dele estão resolvidos! Peça para a pessoa passar pelo menos 30 minutos com ele, estimular que coma (para ver se está se alimentando), observar se há vômitos pela casa, etc. 
  • Se optar por deixá-lo em um hotel, dê preferência para um local que hospede apenas gatos, ou que tenha a hospedagem separada dos cães, para minimizar o estresse. Leve uma caminha ou cobertinha dele e solicite que ofereçam a mesma alimentação que recebe em casa. Conte para a pessoa do hotel as manias que ele tem na hora de comer. Conte também como são os hábitos higiênicos e de uso da caixa de areia dele. Procure locais com gaiolas espaçosas.
  • Se for viajar por apenas 2 ou 3 dias (não mais do que isso!), pode pensar em deixá-lo em casa com diversos potes de água e de comida, e com várias caixas de areia. Essa condição depende do temperamento do gato, você o conhece e sabe se ele vai aceitar essa situação. A maior preocupação é se o gatinho deixa de comer quando a ração fica um pouco mais velha. Outra preocupação é se o gato apresentar algum problema de saúde, vai ficar sem a assistência adequada. E também tem outros gatos que podem miar demais ou até ficarem deprimidos.
  • Se viajar com ele, tenha uma caixa de transporte sempre junto, pois é o locar onde ele vai se sentir mais seguro.
  • Evite deixar seu gato dentro do carro fechado sob o sol. Se precisar deixá-lo no carro estacionado, deixe o carro na sombra e com frestas nas janelas. Uma dica é gelar bem o carro com o ar condicionado antes de deixá-lo sozinho. O animal pode apresentar dificuldades para respirar e o esforço acaba gerando um desbalanço no seu metabolismo, que pode levá-lo a óbito. Outra alteração grave é a intermação, quando a temperatura corporal se eleva demais.

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